Uma das mais antigas do Brasil, a fazenda da Caieira data de 1727, conforme consta da escritura de compra de seu atual proprietário. Situada entre as Serras de Ouro Preto e do Chafariz, em Minas Gerais, ergue-se a sede da fazenda, um casarão tricentenário que está ligado à própria civilização mineira. Recebeu este nome pelo fato de ser a única fabricante de cal da região central de Minas gerais, tendo fornecido a cal para construção da velha capital (Vila Rica) e de Belo Horizonte, cujo transporte era feito em carro de bois através de estradas incertas e galgando serras e grotões.
A prova de sua antigüidade também está nas "Cartas Chilenas" de Critilo, que outro não é senão Tomás Antônio GonzagaAs Numa das "Cartas", datada de 1789, Critilo faz referência à Fazenda da Caieira, dizendo nos versos que os escravos ali iam buscar pedras para construção da monumental cadeia, hoje transformada em Museu Histórico(Museu da Inconfidência) da antiga capital.
Sendo caminho da "Estrada Real Ouro Preto-Cachoeira do Campo" utilizado pelo Quartel de Cavalaria do reino, deve ter abrigado, talvez, pela grande distância na época, até a figura do Alferes Inconfidente Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Aquela região estava fadada a realizar o ideal libertário do povo mineiro, porquanto logo após surge Cachoeira do Campo, terra natal de Felipe dos Santos, o precursor desse sonho, que foi amarrado à cauda de um cavalo indomado e esfacelado nas pedras das ruas da rústica capital: é, pois, uma relíquia nacional de inigualável valor. Ainda existe, bem fronteira ao casarão da Fazenda, o forno histórico que produziu a cal para construções de toda região. Pela arquitetura da sede, nota-se a influência lusitana. Atualmente a propriedade pertence a Familia Niquini  que gentilmente disponibilizou o espaço para a realização do Retiro de Carnaval de 2013.  A organização desde já  agradece a Carlos Niquini componente da Sanga Ouro Preto por este gesto de generosidade e dedicação ao  Darma.

SARWA MANGALAN
Que tudo seja auspicioso